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Pôster original do filme |
Olá para vocês, leitores do Fênix no Sekai. Aqui é o Diego
Felipe e estou fazendo minha segunda análise de filmes para o blog. Como havia
explicado na apresentação há muito tempo atrás fico responsável por fazer
críticas a variados tipos de filme. Acabei tendo uns problemas que me fizeram
demorar uns 20 dias pra postar essa nova análise. Mas pelo menos consegui fazer
uma nova.
Infelizmente demorei demais com relação à minha primeira
análise, do filme Ernest & Celestine. Mas agora posso passar a vocês essa
análise do filme Spirit – O Corcel Indomável (em Portugal, Spirit – Espírito Selvagem).
Espero que se divirtam lendo.
Ficha Técnica
Diretores: Kelly Asbury, Lorna Cook
Produtores: Jeffrey Katzenberg, Mireille Soria, Max Howard
Roteiro: John Fusco, Jeffrey Katzenberg
Estúdio: DreamWorks Pictures
Duração: 83 minutos.
País: EUA
A História
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Spirit - O protagonista e narrador da história |
O enredo se passa no século XIX
na região oeste dos Estados Unidos (o famoso Velho Oeste) e tem como
protagonista o personagem título Spirit, um cavalo selvagem e líder de seu
rebanho. Spirit é muito corajoso e determinado, principalmente para proteger
aqueles que amam.
Um dia, ao descobrir a presença
de soldados na região onde vive acaba sendo capturado por eles (mas não sem
antes conseguir ajudar o rebanho a fugir). Uma vez capturado os soldados estão
determinados a domá-lo mas Spirit resiste incansavelmente, despertando a ira de um Coronel do exército, que tenta tortura-lo para conseguir enfim controlar o cavalo selvagem.
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O Coronel - o antagonista da trama |
O Coronel tenta domar
Spirit pessoalmente e a princípio aparenta conseguir fazer isso. Mas Spirit
consegue fazê-lo perder o controle e consegue escapar do exército. Junto com
ele escapa o índio Pequeno Rio, da tribo Lakota e que fora capturado pelos
soldados.
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O índio Pequeno Rio |
Embora a princípio não consiga se
relacionar muito bem com Pequeno Rio, Spirit acaba se tornando amigo dele e
ainda conhece Chuva, égua da tribo de Pequeno Rio por quem Spirit se apaixona.
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A égua Chuva |
A Análise
Spirit – O Corcel Indomável é um
filme divertido e leve de se assistir. Sua história é simples e possui um
grande apelo familiar, além de ter uma história que não se arrasta durante o
tempo de exibição do filme. Além disso, os personagens são carismáticos, principalmente
o protagonista Spirit.
A conquista da região oeste dos
Estados Unidos, embora não seja abordada em conta de forma tão profunda, é bem
retratada por meio da captura do índio Pequeno Rio pelos soldados, do
acampamento de soldados na terra natal de Spirit e da construção de estradas de
ferro.
Outro ponto positivo é que, enquanto na
maioria dos filmes que envolvem animais há grande presença de animais falantes, o filme apresenta animais se comunicando por meio de sons e linguagens corporais.
A princípio o filme foi roteirizado com animais dialogando e seres humanos sem
demonstrar muita pronúncia (como em A Era do Gelo, por exemplo). Mas o produtor
e roteirista Jeffrey Katzenberg sugeriu uma inversão: os seres humanos
dialogariam e os animais não falariam, embora demonstrassem muito bem suas
emoções e houvesse a narração de Spirit (em inglês ela é feita pelo renomado
ator Matt Damon).
Porém mesmo com cenas cativantes
nenhuma em específico se torna única na memória do espectador ou entrega uma
situação bastante diferenciada de outras histórias existentes, como ocorre em
filmes como O Rei Leão, Shrek, A Bela e a Fera, Toy Story, dentre outros. Ou
seja, o filme é simpático, mas não possui muitos elementos que o tornem um
grande destaque entre muitas animações existentes.
Ainda assim a película acaba sendo muito tranquila de se
assistir, não havendo nenhum momento em que a história é empurrada com a
barriga. É uma história simples e sem grandes situações complexas e com um bom
apelo emocional que, embora pudesse ser desenvolvida de forma mais única, não
deixa a desejar enquanto entretenimento.
O formato de animação é tradicional e apresenta um bom
design visual. Aliás Spirit – Um Corcel Indomável vem a ser um dos últimos
filmes da época em que a animação tradicional ainda era mais utilizada que a
animação em computação gráfica (que começou a se popularizar a partir do
sucesso de Toy Story).
Outro ponto alto da obra é a trilha sonora instrumental de
Hans Zimmer. Zimmer é uma lenda do cinema pela trilha sonora de filmes como O
Rei Leão, Piratas do Caribe, Gladiador, A Origem, Rain Man, 12 Anos de Escravidão,
Batman – O Cavaleiro das Trevas e Interestelar.
Já as músicas são cantadas em inglês por Bryan Adams. São
canções muito bonitas e que se encaixam perfeitamente à história que o filme
apresenta, principalmente em momentos mais dramáticos. No Brasil elas são
cantadas por Paulo Ricardo e em português por Olavo Bilac. Abaixo o vídeo da principal música do filme, Here I Am.
"Here I Am"
Curiosidades
- O orçamento do filme foi de $ 80 milhões. Faturou $ 122,6
milhões nos cinemas, significando que foi um sucesso modesto em bilheteria.
- O autor John Fusco, conhecido por seus roteiros de filmes
de faroeste e sobre nativos americanos (como Os Jovens Pistoleiros) foi
contratado pela DreamWorks para criar um roteiro original em cima de uma
premissa idealizada por Jeffrey Katzenberg. Primeiramente ele criou o roteiro
em formato de um livro e depois o adaptou em forma de roteiro.
- O personagem Coronel se assemelha muito a George Armstrong
Custer, militar que foi comandante da 7ª Cavalaria dos Estados Unidos e destacou-se
na Guerra de Secessão por seu comportamento durão e sua forte habilidade para
liderança, características que também pertencem ao Coronel em Spirit – O Corcel
Indomável. Não se sabe, no entanto, se o personagem é uma representação de
Custer ou se é apenas inspirado nele.
- Spirit – O Corcel Indomável chegou a ser indicado ao Oscar
de Melhor Animação em 2003, mas perdeu para A Viagem de Chihiro. Também foi
indicado ao Globo de Ouro pela pela música “Here I Am” mas perdeu para a música
“The Hands That Built America”, do filme Gangues de Nova York.
- A personagem Chuva recebeu um certificado de registro de
honraria da American Paint Horse Association (APHA), uma associação relacionada
a cuidados de cavalos da espécie Paint Horse, justamente a espécie de Chuva. É
o primeiro personagem de animação a ser registrado pela associação.
Bem, pessoal, essa é minha segunda análise de filmes no blog. Espero que tenha ficado boa de se ler. Até a próxima!
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