Estão felizes? |
De fato, eu passei muito tempo sem fazer nenhuma postagem. De acordo com o meu perfil no Google Plus, que acredito ter compartilhado grande parte de minhas postagens relevantes, o meu último compartilhamento foi há 18 semanas atrás, em 21 de Setembro de 2015. Mas o que levaria um blogger passar tanto tempo sem realizar nenhuma postagem, e continuar “contratado”? (R.I.P Lúcio Bonfim Filho)
Talvez a resposta mais simples que possa vir a sua cabeça (Caso você tenha mais do quê 2 neurônios), são problemas pessoais. E sim, você está, de certa forma, certo. Mas quais foram os meus problemas, fortes o suficiente para me deixar por mais do que 4 meses inativo? Bem, já que os problemas são pessoais, como o próprio nome sugere, eles são privados, e eu não tenho a mínima necessidade de contar. Eu poderia apenas fazer um post me desculpando pelo enorme furo que tive como um profissional autônomo, mas como eu sou extremamente perfeccionista quando o assunto são os meus hobbies, eu prefiro abordar de uma forma significativa e elaborada.
Enfim, vamos então, falar sobre o assunto proposto. Tudo começou com pequenas discussões, discordâncias, e até mesmo, insultos minúsculos que qualquer um julgaria fútil. Há de fazer 6 anos que me mudei de minha cidade natal — Belém PA — para o estado que já teve a primeira capital do Brasil — Rio de Janeiro. Mas eu não fui morar na capital, que hoje está um caos; E sim em uma das regiões históricas do Rio, o Vale do Paraíba, em Resende. Minha tia era dona de uma pousada, e vivia no meio de um trabalho pesado e solitário. Como o lugar parecia simpático, minha avó e sua amiga decidiram morar para lá juntas. Ambas abandonaram tudo o que tinham, e passaram a viver sobre a promessa de que teriam uma casa toda mobiliada, que se mostrou mentira, pois na casa não havia sequer um único móvel. Enfim, o que elas passaram lá ainda é de foro privado, e receio que cada experiência será mantida com elas até a morte das duas. Com cerca de meio ano depois da mudança, minha avó veio para me buscar durante as minhas férias — Apesar de ser alguns dias antes de terminar as aulas. Eu saí, então, para o Resende durante as férias, e fiquei em Penedo, uma cidade próxima de Resende, que antes fora parte dela. Mas assim que cheguei lá, recebi a enfadonha notícia de que minha mãe havia entrado em estado crítico por conta de uma bebedeira que ela teve por lá durante o festival de São João, mesmo sabendo que já estava com uma doença grave nos rins. No fim das contas ela morreu no dia 19 de Julho, de 2011, e alguns dias depois, eu viajei, com tudo o que eu tinha — Algumas roupas, alguns brinquedos, e o famoso Playstation 2, que ainda era moda entre os mais pobres — Para a minha futura moradia.
Calma, ainda tem mais. |
A morte da minha mãe foi provavelmente um dos eventos mais marcantes que ocorreram na minha vida, de fato. Durante este período foi que eu ganhei o meu primeiro Notebook, um modelo de trabalho, da Positivo. Ele não supria as minhas necessidades, visto que eu gostava bastante de jogos, mas foi mais do que o suficiente para o meu primeiro contato com a internet. Talvez por conta do meu trauma, eu comecei a me isolar no meu quarto, e fingir que não via a realidade a minha volta. Até hoje eu não entendo direito o que se passava na cabeça daquele jovem que viria um dia se tornar quem sou hoje; Provavelmente ele apenas queria fugir um pouco do que via, do que ouvia, e do que sentia. Mas o que agravou com unhas e dentes o meu sedentarismo, e a criação da minha personalidade deturpada, foi a morte do meu pai, cerca de 4 anos atrás.
Kurt Cobain, de Nirvana, sempre me lembrou meu pai, pelo seu jeito despojado. Ele sempre foi muito impulsivo, sorridente, e meio "Louco". Acho que herdei isso dele também. |
Eu nunca havia o conhecido direito, mas depois de ouvir que ele havia morrido, eu senti um enorme remorso de não ter o conhecido direito. Por tudo o que me disseram sobre ele, talvez fosse um dos sujeitos mais fenomenais, bondoso, e carinhoso que eu poderia ter conhecido. Uma parte do seu sentimento filantropo eu herdei, mas a minha maioria é formada pelos aspectos negativos das personalidades de meus pais. Esse meu remorso, tempos depois, se tornaria em tristeza, de tristeza para indignação, e de indignação, para cansaço mental e emocional. Já naquela época a minha família estava desestruturada, minha avó, apesar de nova, sofria de uma depressão severa pela morte dos meus pais, minha tia parecia me desprezar bastante, e eu a odiava. Talvez o que serviu de gatilho para a nossa relação estourar, foi a intolerância religiosa que ela despejou sobre mim, e convenceu a minha avó que era correta. Eu achava chato ir para a igreja, e não me deixava doutrinar pelos dogmas e pela lavagem cerebral que toda a igreja em potencial pode cometer — Mas aceitava de bom grado os ensinamentos bons que eram transmitidos, como o amor, a fraternidade, e outros. Com isso, uma elevada carga de estresse me cercou naquele tempo. Eu não tinha paciência para nada, e sempre resolvia as coisas com base no grito. Eu aprendi a usar a voz ao meu favor, da mesma forma que via ela fazendo, era autoritário mesmo ainda sendo uma criança, e me aproveitava da fraqueza das pessoas para poder satisfazer o meu ego sádico. Por conta disso, nossa relação, que sempre foi instável, desceu de ruim para pior.
Até Jesus pode ser Dark. Porquê eu não? |
Além dos estresse, gerado pelas brigas e discussões, eu também comecei a perceber que estava muito triste, indisposto, e bastante abatido. Sim, eu estava com uma depressão, apesar de não ser tão profunda. Nem psicólogos, nem psiquiatras, serviram de algo para mim. Eu a guardei em segredo, sobre a fachada de já ter melhorado, e isso gerou ainda mais uma carga instável na minha mente. O que eu não tolero é o fato de tudo isso ter acontecido enquanto eu estava na minha fase de formação psicológica, que me deu a falsa impressão de que eu era “assim mesmo”, e que tanto a depressão, quanto o estresse, faziam parte da minha vida, como os outros sentimentos.
Por essas e outras, eu e minha avó decidimos nos mudar. Voltar para as nossas origens, para a nossa família, que apesar de ser fragmentada e desunida, sempre nos esperou com braços abertos, e com sorrisos alvos e legítimos. Nesse período, eu já trabalhava aqui no Fênix no Sekai, que foi-me indicado por Lúcio, um dos bloggers daqui (Que está inativo por conta da sua faculdade, até onde sei). Neste tempo, a minha vida virou uma bela bagunça, virou de cabeça para baixo, deu um plot twist.
Logo que cheguei, não tinha lugar para morar, e comecei a morar na casa de minha bisavó, que moro até agora. Fugindo da questão psicológica, que ainda não fiz uma análise sincera para abordá-la aqui, eu deixei muitos dos meus pertences no armazém de minha tia, que generosamente, cedeu o local para que guardássemos tudo o que precisaríamos lá, até que comprássemos uma casa própria. Contudo, hoje, 25/03 de 2016, por volta de meio-dia, eu fui pegar alguns dos pertences que estava impossibilitado de pegar por vários motivos, e um deles é que o nosso carro ainda estava em transporte; E agora estou aqui escrevendo um artigo para vocês. Apesar de ainda ter como escrever pelo celular, eu decidi me isentar por conta de motivos psicológicos e por conta dos meus estudos, já que agora eu estudo numa das melhores escolas da cidade.
Minha reação ao ver as meninas de short na educação física. |
Enfim, agora abordando o que fiz no site até hoje, de forma geral: Eu só fiz merda. Sem sutilidades ou eufemismos, eu sempre abordei os temas de forma irresponsável, sem compromisso, e encarando apenas como algo secundário. Além disso, todos os meus textos foram rasos e tendenciosos, além de serem feitos sem nenhum capricho, e quase ou nenhuma pesquisa. Com o meu retorno triunfal, eu pretendo assumir a responsabilidade de ser um profissional por hobbie; A responsabilidade de encarar o que faço aqui no site como um trabalho, como algo necessário, e não apenas como contingência. Pretendo seguir linhas argumentativas muito bem estruturadas, coerentes e coesas, e com o máximo de embasamento por trás. Que tudo o que fale seja muito bem escrito, e adaptada para o público mais jovem, para que a leitura seja tranquila e fácil, e para que não se torne algo cansativo (Como deve ter sido este artigo). Espero que me perdoem pela minha enorme falha, e que tenham toda a certeza de que eu aprendi com meus erros, e tomei para mim o compromisso de ser regular, e de ajudar o site de todas as maneiras.
Sobre o conteúdo de meus posts, eles irão variar desde análises, críticas ou técnicas, sobre diversos tipos de obras de arte, como livros, HQs, animes/mangás, Light Novéis, etc. Além disso, gostaria de trazer postagens com o cunho puramente referencial, abordando diversos temas e notícias que sejam de meu interesse, e do interesse coletivo.
Então, até o meu próximo artigo, e que fique claro para todos: EU VOLTEI!
Eu, todos os dias. |
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