sexta-feira, 25 de março de 2016

Sobre o tal do Anon...

Estão felizes?


De fato, eu passei muito tempo sem fazer nenhuma postagem. De acordo com o meu perfil no Google Plus, que acredito ter compartilhado grande parte de minhas postagens relevantes, o meu último compartilhamento foi há 18 semanas atrás, em 21 de Setembro de 2015. Mas o que levaria um blogger passar tanto tempo sem realizar nenhuma postagem, e continuar “contratado”? (R.I.P Lúcio Bonfim Filho)
Talvez a resposta mais simples que possa vir a sua cabeça (Caso você tenha mais do quê 2 neurônios), são problemas pessoais. E sim, você está, de certa forma, certo. Mas quais foram os meus problemas, fortes o suficiente para me deixar por mais do que 4 meses inativo? Bem, já que os problemas são pessoais, como o próprio nome sugere, eles são privados, e eu não tenho a mínima necessidade de contar. Eu poderia apenas fazer um post me desculpando pelo enorme furo que tive como um profissional autônomo, mas como eu sou extremamente perfeccionista quando o assunto são os meus hobbies, eu prefiro abordar de uma forma significativa e elaborada.

Enfim, vamos então, falar sobre o assunto proposto. Tudo começou com pequenas discussões, discordâncias, e até mesmo, insultos minúsculos que qualquer um julgaria fútil. Há de fazer 6 anos que me mudei de minha cidade natal — Belém PA — para o estado que já teve a primeira capital do Brasil — Rio de Janeiro. Mas eu não fui morar na capital, que hoje está um caos; E sim em uma das regiões históricas do Rio, o Vale do Paraíba, em Resende. Minha tia era dona de uma pousada, e vivia no meio de um trabalho pesado e solitário. Como o lugar parecia simpático, minha avó e sua amiga decidiram morar para lá juntas. Ambas abandonaram tudo o que tinham, e passaram a viver sobre a promessa de que teriam uma casa toda mobiliada, que se mostrou mentira, pois na casa não havia sequer um único móvel. Enfim, o que elas passaram lá ainda é de foro privado, e receio que cada experiência será mantida com elas até a morte das duas. Com cerca de meio ano depois da mudança, minha avó veio para me buscar durante as minhas férias — Apesar de ser alguns dias antes de terminar as aulas. Eu saí, então, para o Resende durante as férias, e fiquei em Penedo, uma cidade próxima de Resende, que antes fora parte dela. Mas assim que cheguei lá, recebi a enfadonha notícia de que minha mãe havia entrado em estado crítico por conta de uma bebedeira que ela teve por lá durante o festival de São João, mesmo sabendo que já estava com uma doença grave nos rins. No fim das contas ela morreu no dia 19 de Julho, de 2011, e alguns dias depois, eu viajei, com tudo o que eu tinha — Algumas roupas, alguns brinquedos, e o famoso Playstation 2, que ainda era moda entre os mais pobres — Para a minha futura moradia.
Calma, ainda tem mais.
A morte da minha mãe foi provavelmente um dos eventos mais marcantes que ocorreram na minha vida, de fato. Durante este período foi que eu ganhei o meu primeiro Notebook, um modelo de trabalho, da Positivo. Ele não supria as minhas necessidades, visto que eu gostava bastante de jogos, mas foi mais do que o suficiente para o meu primeiro contato com a internet. Talvez por conta do meu trauma, eu comecei a me isolar no meu quarto, e fingir que não via a realidade a minha volta. Até hoje eu não entendo direito o que se passava na cabeça daquele jovem que viria um dia se tornar quem sou hoje; Provavelmente ele apenas queria fugir um pouco do que via, do que ouvia, e do que sentia. Mas o que agravou com unhas e dentes o meu sedentarismo, e a criação da minha personalidade deturpada, foi a morte do meu pai, cerca de 4 anos atrás.

Kurt Cobain, de Nirvana, sempre me lembrou meu pai, pelo seu jeito despojado. Ele sempre foi muito impulsivo, sorridente, e meio "Louco". Acho que herdei isso dele também.
Eu nunca havia o conhecido direito, mas depois de ouvir que ele havia morrido, eu senti um enorme remorso de não ter o conhecido direito. Por tudo o que me disseram sobre ele, talvez fosse um dos sujeitos mais fenomenais, bondoso, e carinhoso que eu poderia ter conhecido. Uma parte do seu sentimento filantropo eu herdei, mas a minha maioria é formada pelos aspectos negativos das personalidades de meus pais. Esse meu remorso, tempos depois, se tornaria em tristeza, de tristeza para indignação, e de indignação, para cansaço mental e emocional. Já naquela época a minha família estava desestruturada, minha avó, apesar de nova, sofria de uma depressão severa pela morte dos meus pais, minha tia parecia me desprezar bastante, e eu a odiava. Talvez o que serviu de gatilho para a nossa relação estourar, foi a intolerância religiosa que ela despejou sobre mim, e convenceu a minha avó que era correta. Eu achava chato ir para a igreja, e não me deixava doutrinar pelos dogmas e pela lavagem cerebral que toda a igreja em potencial pode cometer — Mas aceitava de bom grado os ensinamentos bons que eram transmitidos, como o amor, a fraternidade, e outros. Com isso, uma elevada carga de estresse me cercou naquele tempo. Eu não tinha paciência para nada, e sempre resolvia as coisas com base no grito. Eu aprendi a usar a voz ao meu favor, da mesma forma que via ela fazendo, era autoritário mesmo ainda sendo uma criança, e me aproveitava da fraqueza das pessoas para poder satisfazer o meu ego sádico. Por conta disso, nossa relação, que sempre foi instável, desceu de ruim para pior.
Até Jesus pode ser Dark. Porquê eu não?

Além dos estresse, gerado pelas brigas e discussões, eu também comecei a perceber que estava muito triste, indisposto, e bastante abatido. Sim, eu estava com uma depressão, apesar de não ser tão profunda. Nem psicólogos, nem psiquiatras, serviram de algo para mim. Eu a guardei em segredo, sobre a fachada de já ter melhorado, e isso gerou ainda mais uma carga instável na minha mente. O que eu não tolero é o fato de tudo isso ter acontecido enquanto eu estava na minha fase de formação psicológica, que me deu a falsa impressão de que eu era “assim mesmo”, e que tanto a depressão, quanto o estresse, faziam parte da minha vida, como os outros sentimentos.
Por essas e outras, eu e minha avó decidimos nos mudar. Voltar para as nossas origens, para a nossa família, que apesar de ser fragmentada e desunida, sempre nos esperou com braços abertos, e com sorrisos alvos e legítimos. Nesse período, eu já trabalhava aqui no Fênix no Sekai, que foi-me indicado por Lúcio, um dos bloggers daqui (Que está inativo por conta da sua faculdade, até onde sei). Neste tempo, a minha vida virou uma bela bagunça, virou de cabeça para baixo, deu um plot twist.

Logo que cheguei, não tinha lugar para morar, e comecei a morar na casa de minha bisavó, que moro até agora. Fugindo da questão psicológica, que ainda não fiz uma análise sincera para abordá-la aqui, eu deixei muitos dos meus pertences no armazém de minha tia, que generosamente, cedeu o local para que guardássemos tudo o que precisaríamos lá, até que comprássemos uma casa própria. Contudo, hoje, 25/03 de 2016, por volta de meio-dia, eu fui pegar alguns dos pertences que estava impossibilitado de pegar por vários motivos, e um deles é que o nosso carro ainda estava em transporte; E agora estou aqui escrevendo um artigo para vocês. Apesar de ainda ter como escrever pelo celular, eu decidi me isentar por conta de motivos psicológicos e por conta dos meus estudos, já que agora eu estudo numa das melhores escolas da cidade.
Minha reação ao ver as meninas de short na educação física.
Enfim, agora abordando o que fiz no site até hoje, de forma geral: Eu só fiz merda. Sem sutilidades ou eufemismos, eu sempre abordei os temas de forma irresponsável, sem compromisso, e encarando apenas como algo secundário. Além disso, todos os meus textos foram rasos e tendenciosos, além de serem feitos sem nenhum capricho, e quase ou nenhuma pesquisa. Com o meu retorno triunfal, eu pretendo assumir a responsabilidade de ser um profissional por hobbie; A responsabilidade de encarar o que faço aqui no site como um trabalho, como algo necessário, e não apenas como contingência. Pretendo seguir linhas argumentativas muito bem estruturadas, coerentes e coesas, e com o máximo de embasamento por trás. Que tudo o que fale seja muito bem escrito, e adaptada para o público mais jovem, para que a leitura seja tranquila e fácil, e para que não se torne algo cansativo (Como deve ter sido este artigo). Espero que me perdoem pela minha enorme falha, e que tenham toda a certeza de que eu aprendi com meus erros, e tomei para mim o compromisso de ser regular, e de ajudar o site de todas as maneiras.
Sobre o conteúdo de meus posts, eles irão variar desde análises, críticas ou técnicas, sobre diversos tipos de obras de arte, como livros, HQs, animes/mangás, Light Novéis, etc. Além disso, gostaria de trazer postagens com o cunho puramente referencial, abordando diversos temas e notícias que sejam de meu interesse, e do interesse coletivo.
Então, até o meu próximo artigo, e que fique claro para todos: EU VOLTEI!
Eu, todos os dias.

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